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Thomas
Hirschhorn

Um artista precisa de ser capaz de fazer um gesto ousado, de ser corajoso. A arte proporciona resistência. A arte não é ativa nem passiva, a arte ataca (...)

Esta frase é de Thomas Hirschhorn, artista suíço que se expressa pela combinação de materiais pobres – reciclados, ou outros que encontra no seu caminho – como cartão, jornais, folhas de alumínio, fita adesiva, fotocópias, textos e imagens de jornais.
Ao observar pela primeira vez uma criação de Hirschhorn, sentimo-nos bombardeados por informação e imagem, ao mesmo tempo que temos dificuldade em identificar o que vemos dentro de categorias tradicionais das Belas Artes.
Hirschhorn usa a ironia e o humor para criticar a sociedade de consumo, numa reflexão crítica do mundo contemporâneo: mistura referências que vão desde o hip hop até a literatura política como Nietzsche ou Deleuze.
Com materiais de natureza pobre, e sem a grandeza que a obra de arte habitualmente carrega consigo, o artista intervém no espaço público, invadindo um espaço colectivo sempre de forma temporária.
Para ele, importa não apenas veicular uma mensagem através da obra, mas permitir que esta coloque questões e que a indignação assombre cada um de nós. Para que, desta forma, possamos reparar nos pequenos detalhes à nossa volta. Em cada um dos seus projetos encontramos uma atitude que valoriza o acesso ao conhecimento e o empenho na transformação de algo.

Serralves
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