CIDADES abriu caminho a uma diversidade de propostas e concretizações. Sair da escola constituiu um desafio e uma provocação que deu resultados positivos, procurando envolver o sentido de projeto na relação "nós e a cidade”. Pesquisar, dialogar, colaborar, avaliar, foram atitudes inscritas neste percurso. Criou-se um contexto propício à discussão sobre espaços habitados e revisitados: rua, bairro, praça, rotunda, jardim, campo, lugares escondidos, degradados, revitalizados, apropriados, interditos… mas, sobretudo, sublinharam-se os impulsos do imaginário, a criatividade, as utopias e o sentido político do conceito de cidadania.
O tema constituiu um fator de motivação, exigindo rigor e liberdade na escolha das abordagens, nos processos e nos métodos, mas também na construção de conhecimento e no trabalho em grupo. Surgiram assim propostas que falam de descobertas, de patrimónios, de lugares, de afetos. Serralves procurou enriquecer o percurso traçado através da organização de oficinas para grupos escolares e para educadores e professores - orientadas por artistas, arquitetos, biólogos e geógrafos. Realizou-se também um seminário para discussão dos temas em análise, que contou com a participação de Gabriela Vaz Pinheiro (artista), de Álvaro Domingues (geógrafo) e de Manuel Graça Dias (arquiteto). Partilharam-se experiências, leituras, inquietações e curiosidades.
A aventura de pensar a cidade para além do óbvio e do imediato suscitou o cruzamento de disciplinas e saberes, a disponibilidade para sair da rotina, o questionar de ideias pré-concebidas e fronteiras rígidas. Procurou olhar-se o museu e a escola de fora para dentro, incentivando à ação coletiva na resolução de problemas, tendo para isso encontrado na coleção da Fundação de Serralves um território fértil de ideias e estímulos a partir das propostas de um conjunto de artistas cujas obras nos interpelaram com novas questões.

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